domingo, 27 de janeiro de 2008

auto-mutilação em aves

A auto-mutilação não é uma doença exclusiva das aves, pelo contrário, ela ocorre em outras espécies e normalmente está relacionada com transtornos psicológicos.

No homem, por exemplo, ela se manifesta através do hábito de roer unhas; nos cães, a dermatite por lambedura é um bom exemplo de auto-mutilação, que é uma doença bastante comum em aves, principalmente nos psitaciformes (araras, papagaios, agapornis, etc).

Ela se caracteriza como o próprio nome diz, pelo fato do animal se mutilar, principalmente com o bico, a princípio arrancando as próprias penas e posteriormente retirando pedaços da pele e da musculatura.

A causas da doença são: carências nutricionais, presença de ectoparasitas (piolho), estress (condições inadequadas de vida, solidão, perda de companheiro de longa data, morte do proprietário, mudança de ambiente, ansiedade, etc) além de outras causas, bastante discutidas, tais como: frustração sexual e processos alérgicos. O prognóstico e o tratamento dependem, obviamente, da principal causa envolvida, visto que é uma doença multifatorial. No geral, o prognóstico é de bom a reservado, quando se inicia o tratamento no começo do processo e de reservado a desfavorável quando animal já esta literalmente comendo pedaços do seu próprio corpo.Com relação ao tratamento, o protocolo consiste em: Correção alimentar e uso de polivitamínico, verificação de ectoparasitas (em caso positivo fazer tratamento; normalmente para piolhos, utiliza-se produtos à base de piretróides), uso de antibiótico de amplo espectro caso ocorrram dermatites ou soluções de continuidade na pele, se necessário. O uso de anti-histamínicos também é indicado. O próximo passo do tratamento é verificar alterações psicológicos que levem o animal ao quadro de estress, patologia muito comum nas aves e animais silvestres, e de difícil tratamento visto que o estress é uma doença que está relacionada ao próprio encarceramento do animal.
Até a proxima!

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