quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

muda de bico

MUDA DE BICO
A muda de Bico é o processo pelo qual as aves substituem o revestimento queratinoso do bico, gasto pelo tempo e pelo uso por um revestimento novo. Muitas vezes esta muda ocorre em uma época determinada do ano, conhecida como “Época da Muda” que normalmente coincide com a muda anual da plumagem. O processo de muda de bico é bastante complexo ao entendimento mediante a simples observação visual, contudo, temos observado o desprendimento da velha camada de revestimento queratinoso mediante a ação da nova camada que surge como elemento impulsor do processo de perda do velho revestimento que esfolia e se desprende do bico para dar lugar à nova camada que surge.
A nova camada cobre uniformemente todo o bico, e segrega a camada gasta por uma nova camada especial de células que surge sob a camada velha como se fosse uma espécie de liquido que ao contato com o ar endurece expulsando a camada residual ao mesmo tempo em que toma o seu lugar como revestimento novo. Todo o processo completa-se em torno de cinco a seis semanas, e proporciona ao passaro uma debilidade alimentar, consequência da perda de parte da eficiência de algumas funções vitais do Bico. Neste período devemos fornecer aos Curiós alimentos de consistência branda, buscando facilitar as operações de esmagamento e descascagem das sementes oferecidas. Recomenda-se neste período em que os Curios sofrem restrições alimentares, por terem reduzido a eficiência mecânica do seu bico, um regime alimentar rico em proteínas, destinadas a reporem as reservas do organismo, gastas com a Muda de Penas e Bico.
Costumamos ministrar no bebedouro um complexo vitamínico aliado a uma mistura de sementes a base de Painços com o intuito de minimizar os problemas nutricionais provocados pela Muda em questão.
A Muda de Bico normalmente ocorre conjuntamente com a Muda anual de penas. Entretanto, alguns Curios as fazem de forma tão gradual que não chega a ser notada pelo criador, outros Curiós não seguem esta regra. Atribuímos este comportamento à presença de deficiências nutricionais que termina por canalizar as reservas de proteinas para a Muda de Penas obrigando-os a efetuar a Muda de Bico em período distinto . Alguns Curiós antecipam a Muda de Bico em relação à de penas, que só tera início alguns meses depois da conclusão desta. Nestes casos o criador geralmente observa a presença das sementes esmagadas no comedouro, e este fato indica a presença da muda, que, quando isolada, apresenta-se bem mais forte que a muda combinada com a de penas. Quando a Muda de Bico apresenta-se isolada, é comum a observação por parte do criador de áreas do bico com coloração diferenciada mostrando claramente o surgimento do novo revestimento queratinoso.
Quando a muda de penas ocorre, e as penas caem uma após a outra, em uma sucessão uniforme e regular, sendo que na medida em que caem são substituídas em ordem igualmente regular por penas novas, e a muda é espaçada de forma harmoniosa, os Curiós conservam a sua capacidade de voar durante este período e apresentam uma muda de bico imperceptível aos olhos do criador, sendo este comportamento muito comum aos Curiós criados em viveiros. Comportamento contrario verifica-se nos Curiós de Gaiola que perderam ao longo do tempo esta capacidade, ficando incapacitados de voar durante a muda combinada de penas e bico exigindo do criador cuidados especiais de manejo. A camada queratinosa tem vida e esta vida é limitada, quando a camada superficial morre é substituída por uma nova e o seu ciclo de vida é anual.


obs: materi retirada do site
http://www.sitiodocurio.com.br

MUDA

MUDA - TROCA DE PENAS
Gostaria de poder escrever por varias horas seguidas sobre o assunto “Troca de Penas” entretanto, irei direto ao centro da questão:

1. Observe que durante a muda os passaros reduzem o seu metabolismo, por isto comem pouco, justamente no momento em que mais precisam comer para repor as energias gasta na Troca de penas.

2. Observe que durante a muda os passaros voam pouco, perdem a mobilidade por motivos óbvios. Imagine em vida selvagem ter que encontrar o seu alimento durante o inverno, quando não existe a fartura típica da Primavera e Verão. Observe ainda ter que voar grandes distâncias para encontra-los. Daí a redução do metabolismo, logo, comem pouco quando necessitariam comer muito, para poder repor as energias gastas durante a “Troca de Penas”.

3. Observe que aqui no Brasil os passaros trocam de penas praticamente no Outono / Inverno, ou quando as temperaturas começam a cair. Como ficar sem a plumagem no frio??? Sera que o frio favorece a muda??? A muda ocorre no momento em que os dias começam a ficar mais curtos, escurece mais cedo, sendo assim os passaros passam a maior parte do tempo (noites mais longas) em descanso. Observe que a nova plumagem, ou melhor, as penas que se encontram em processo de crescimento e “Cura” (enxugamento do sangue dos canhões) não podem ser submetidas ` ação mecânica do vento, caso ocorra, o passaro repetira a muda ou fara um “Repique” na plumagem, logo não devem ser submetidos a ação plena do vento antes da hora.

Conclusão:

Estas são algumas das questões que podemos levantar numa rapida abordagem. Todas as questões aqui enumeradas parecem conflitantes, pois, os passaros não se alimentam na razão direta das suas necessidades, tem o seu metabolismo atenuado para atender a escassez dos alimentos, escassez esta, característica da época, que nos parece imprópria `a muda, pois faz frio, exatamente no momento em que os passaros estao perdendo as penas.

Todas estas questões aqui levantadas, nos levam a acreditar que o organismo dos passaros efetua uma reserva calórica compatível com suas necessidades durante a muda, não sendo necessario qualquer suplementação de nutrientes em condições normais de saúde.
Acreditamos que uma suplementação com “Concentrados Vitamínicos e ou Ferrosos” sejam de todo desnecessario pela sobrecarga que ira submeter o fígado do passaro, quando este, acreditamos possuir reservas de Glicogênio armazenadas em quantidades suficientes a manter o Tônus necessario a que a Muda se processe sem alterações. Faço restrição apenas aos passaros que não entraram espontaneamente na muda, por apresentarem deficiências nutricionais indispensaveis a faze-lo.
Nestes casos e somente nestes, ministro o Protovit Plus do laboratório Roche até que a muda se instale.

Distúrbios de Plumagem nas Aves

DPA - Distúrbios de Plumagem nas Aves
Dr. Gilson Ferreira Barbosa

O "DPA" - Distúrbio de Plumagem nas Aves indica desequilíbrio físico e psíquico da sua saúde e do seu comportamento, refletido na plumagem.
Acreditamos que não existe doença sem o seu agente causador, logo a plumagem funciona como elemento indicador de que algo está errado com a ave, e precisamos identificar o agente causador através de diagnóstico rápido e preciso, o que nem sempre é possível de ser feito.
No caso específico da AD. Auto Depenação, temos investigado aspectos inadequados de alimentação e manejo bem como a presença de Stress, entretanto a maioria dos casos não se resolveu devido a não identificação do agente causador e a inexistência de medicamentos específicos ao caso, culminando com a morte das aves por terem sido submetidas a tratamentos agressivos e experimentais.
Não gostaria de dizer “NÃO TEM JEITO”, todavia, relacionarei alguns aspectos tratados por nós com relativo sucesso em nossa criação mediante monitorização de Médico Veterinário especializado:


1. O curió se auto depena por ter desenvolvido hiper sensibilidade ao calor, colocado em ambiente com temperaturas entre 20ºC e 26ºC graus o problema gradativamente tende a se resolver. O agente causador: Temperatura elevada no criadouro, evitar telhas de fibrocimento no verão.

2. Colocação inadequada das caixas de tenébrio sobre as prateleiras da criação, o DPA. Instala-se na maioria das aves, sendo que algumas preservam a cauda e azas, e a cabeça por motivos de acessibilidade. O Agente causador são fungos, ácaros e leveduras provenientes do Substrato das caixas, foram feitas comprovações laboratoriais nestes casos. Tratamento, 04 a 06 gotas de vinagre na água do banho durante 15 dias e mais nada. Claro! Remoção das caixas e assepsia das prateleiras e gaiolas, Sol nelas.

3. O curió possui “FOGO CRÔNICO” o DPA instala-se na região do peito, ventre, dorso e pernas, e intensifica à medida que a ave escuta o canto de outra ave, provocando uma fogosidade com cantar incessante caracterizando um estado de “Distúrbio Neurológico”, neste caso o Curió não deve ser utilizado como Padreador pois temos verificado a manifestação após algum tempo do DPA em toda a sua prole, inclusive fêmeas aonde a característica Fogo Crônico também está presente. Enumeramos os seguintes procedimentos:

1. A ave em questão deve ser vermifugada da seguinte forma: Retira-se o bebedouro deixando-a sedenta por 04 horas consecutivas para em seguida oferece-la em um bebedouro 15ml de água e a quarta Parte de um comprimido de CANEX COMPOSTO (princípio ativo Pamoato de Pirantel) dissolvido para que a ave beba a vontade, em seguida retira-se o bebedouro com o vermífugo e retorna-se com água pura. A ave expelirá todos os vermes (Cestódeos) dentro de no máximo 20 a 30 minutos é impressionante o DPA simplesmente desaparece. Repete-se o tratamento com 30 dias. Se o problema for verminose (Caso mais freqüente) o Curió estará emplumado em 60 dias.

2. Caso não haja infestação por Cestódeos, ministrar por 30 dias consecutivos a quarta Parte, 0.5mg de um comprimido de Polaramine laboratório Schering-Plough uso humano de 2 mg em 25ml de água (principio ativo Meleato de Dexclorfeniramina). Se o problema for alérgico o Curió estará emplumado em 60 dias.

3. Caso o problema não tenha sido resolvido com os procedimentos anteriores e haja fortes suspeitas de distúrbios neurocomportamentais, com presença de ferimentos nas áreas depenadas, ministrar por 30 dias consecutivos a quarta parte de um comprimido de OCLADIL laboratório Sandoz uso humano de 01 mg. Em 25ml de água (princípio ativo Cloxazolam) se o problema for neurológico o Curió estará emplumado em 60 dias.

OBS: Os procedimentos preconizados nos itens de n°(s) 01-02 e 03 envolvem o uso de “DROGAS” portanto devem ser usados com parcimônia mediante prescrição e acompanhamento diário de um Médico Veterinário Especializado em pássaros.